Aneurisma da aorta torácica ou aneurisma sifilítico
Um aneurisma da aorta torácica (AAT) é um alargamento (abaulamento) de parte da parede da aorta, maior artéria do corpo.
Causas
Aneurismas torácicos ocorrem mais frequentemente na aorta torácica descendente. Outros podem aparecer na aorta ascendente ou no arco aórtico. A causa mais comum de um aneurisma da aorta torácica é o endurecimento das artérias, a aterosclerose. Outros fatores de risco incluem:
• Desordens, como a Síndrome de Marfan;
• Pressão arterial elevada por um longo tempo;
• Dissecção da aorta anterior;
• Sífilis;
• Trauma, como acidentes de carro.
Sintomas
A maioria dos pacientes não apresenta sintomas até que o aneurisma começa a vazar ou expandir-se. Dor no peito ou nas costas pode significar ampliação súbita ou vazamento do aneurisma.
Exames
O AAT, muitas vezes, é diagnosticado ocasionalmente, através de exames de raio X, ecocardiografias e tomografias computadorizadas convencionais realizados para a investigação de outras doenças e exames de check-up. Os exames abaixo são utilizados para definir com precisão as medidas do aneurisma, as características da parede arterial e o planejamento do tratamento:
• Angiotomografia computadorizada;
• Angiorressonância magnética;
• Angiografia.
Tratamento
Observação clínica:
Quando o AAT é pequeno e assintomático, o cirurgião vascular normalmente recomenda um período de observação de seis meses, durante os quais o aneurisma é monitorado para verificar mudanças de tamanho. Em pacientes hipertensos, o médico pode prescrever medicamentos para controlar a pressão arterial e, consequentemente, baixar a pressão sanguínea na área afetada. Fumantes devem procurar ajuda para parar de fumar.
Reparo cirúrgico aberto:
O cirurgião vascular pode recomendar a realização de uma cirurgia denominada de reparo aberto para tratar aneurismas grandes e sintomáticos. Nesse procedimento, o cirurgião faz uma incisão no peito e substitui a parte enfraquecida da aorta por um enxerto, ou seja, uma espécie de tubo com tamanho e formato semelhantes aos da artéria saudável, produzido com tecido especial. Após a cirurgia, o paciente normalmente fica no hospital por 7 a 10 dias, e a recuperação completa pode levar até 3 meses, dependendo da presença ou não de outras condições. Alguns pacientes apresentam AAT ascendente, com envolvimento da válvula aórtica junto ao coração ou comprometimento do arco aórtico. Nesses casos, é importante associar o procedimento à cirurgia cardíaca para o reparo completo.
Tratamento endovascular:
Em alguns casos, dependendo da localização e do formato do aneurisma, o cirurgião pode dar preferência ao tratamento endovascular ou implante de endoprótese, em vez do reparo cirúrgico aberto. Esse tratamento é realizado através da utilização de cateteres, que são introduzidos nos vasos sanguíneos. A inserção da endoprótese durante o procedimento é guiada por imagens de raios X até o local do aneurisma. O tratamento endovascular é menos invasivo, exigindo incisões menores na região da virilha, por onde os cateteres são inseridos. O objetivo é o mesmo do reparo cirúrgico aberto: substituir a parte enfraquecida da artéria por uma endoprótese – estrutura tubular metálica revestida com tecido – que permite a passagem do fluxo sanguíneo sem pressionar a parede enfraquecida do aneurisma. A recuperação após o tratamento endovascular normalmente é mais curta, com hospitalização de cerca de 3 dias. O procedimento não é aplicável a todos os casos e requer um acompanhamento pós-cirúrgico mais detalhado, com a realização periódica de exames de imagem para certificação de que a prótese está funcionando de forma adequada e para providenciar manutenção quando necessário.
Prognóstico
O prognóstico, a longo prazo, para pacientes com aneurisma da aorta torácica é determinado por outros problemas médicos, tais como doenças cardíacas e diabetes,que podem ter causado ou contribuído para a condição.
Possíveis complicações
Complicações graves após a cirurgia da aorta podem incluir:
• Hemorragia;
• Infecção do enxerto;
• Ataque cardíaco;
• Arritmia cardíaca;
• Danos nos rins;
• Paralisia;
• Morte logo após a operação ocorre em 5-10% dos pacientes;
• Complicações após implante de stent incluem danos à perna, que pode exigir outra operação.
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